quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pra ela.

Perfeita Simetria.

Toda vez que toca o telefone
Eu penso que é você
(Na verdade, não. Tua música não é a mesma das outras gentes)
Toda noite de insônia
Eu penso em te escrever
(Na verdade, não. Eu penso em te ligar)
Pra dizer
Que o teu silêncio me agride
(Não há muito silêncio. São frases sem o nosso "querer bem" de antes)
E não me agrada ser
Um calendário do ano passado
(Mês passado?)
Prá dizer que teu crime me cansa (Não há tipicidade, e se houvesse a antijuridicidade estaria extinta há muito)
E não compensa entrar na dança
Depois que a música parou
(Estou te chamando pra dançar de novo, apesar dos pisões nos pés)

Toda vez que toca o telefone
Eu penso que é você
Toda noite de insônia
Eu penso em te escrever
Escrever uma carta definitiva
Que não dê alternativa
Prá quem lê
Te chamar de carta fora do baralho
Descartar, embaralhar você
('Tá, em algum momento tive essa vontade)
E fazer você voltar
Ao tempo em que nada
Nos dividia
Havia motivo pra tudo
(pra nada também)
E tudo era motivo pra mais
Era perfeita simetria
Éramos duas metades iguais

O teu maior defeito
Talvez seja a perfeição
(Tem gente que não vai aceitar isso muito bem, se é que você me entende)
Tuas virtudes
Talvez não tenham solução
(Não, não têm... Os defeitos a gente vai levando, né?)
Então pegue o telefone
Ou um avião
Deixe de lado
Os compromissos marcados
Perdoa o que puder ser perdoado
(...)
Esquece o que não tiver perdão (Mesmo sabendo que eu pedi perdão pelo todo)
E vamos voltar aquele lugar (Aquela sorveteria, quem sabe?)
vamos voltar

Ao tempo em que nada

Nos dividia

Havia motivo pra tudo

E tudo era motivo pra mais

Era perfeita simetria

eramos duas metades iguais.



Incrível como a gente escuta nas músicas o que precisa ouvir. Apesar do tempo corrido, achei importante postar aqui.
Não é fácil esquecer, mas não dá pra tirar do baralho a minha rainha de copas.

Tanto faz, eu continuo te amando.

=*