quinta-feira, 25 de agosto de 2011

"Louca"

E no meio daquela conversa despretensiosa, ele a chamou de louca.
Para tudo.
O mundo prendeu a respiração por um segundo para esperar a reação dela.
Ele continuava sorrindo, sem perceber que tinha apertado um botão errado.
Muito errado.

Aquele "louca" acidentalmente largado no meio de uma frase, amaciado com um sorriso e absolutamente sincero, a afetou. Ela não esperava.
Ela franziu o cenho de leve, tomou fôlego, abriu a boca para dizer alguma coisa, mas as palavras ainda estavam tentando se arrumar na boca do estômago.
Fechou a boca, parou.
Sorriu amarelo.

E ele sequer percebeu que alguma coisa mudaria a partir daquele ponto.
Afinal, ela era mesmo louca.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cuidado.

Deitada na cama, olhando pro teto.

Respirou fundo e fechou os olhos. Mas não conseguiu dormir. Tanta coisa na cabeça enquanto esperava a ligação, ou uma mensagem, ou qualquer notícia.
Desistiu de esperar (nunca fora boa nisso).

"Oi, chegou em casa?"
"Hum rum."
"Tá certo, boa noite"

Desligou e sentiu um looping de borboletas no estômago.
Na verdade, chegou a ser engraçado. Depois da ligação a cabeça ficou vazia e o peito cheio.
Cheio de tantos sentimentos confusos que ela achou que ia explodir.

De repente, todos os pensamentos voltaram.
Não ia controlar a vida dele... ele reclamava tanto daquela amiga que fazia isso.
Mas agora ela via o outro lado.
Tinha que cuidar dele, sem brigas, sem pesos, sem broncas, sermões e castigos.
Só carinho, cuidado, abraços, beijos e ligações sem motivo.

É assim que se cuida de alguém.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Carta que não entregarei.

E por estar cansada daquele peso no peito que lhe dificultava a respiração, resolveu escrever um carta - que nunca entregaria - para esclarecer umas coisas e contar umas amenidades:

Oi,
Sei que você ainda está chateada. E sei que você precisa de espaço.
Mas naquela segunda-feira, fui pega de surpresa e não disse tudo que sentia e talvez você não tenha noção do quanto é importante pra mim e essa impressão está me dando a sensação de sufocamento, de que você está me enterrando viva e que eu não consigo gritar.
Sabe, já faz uma semana e sonhei com você umas 3 vezes, as duas primeiras não lembro, mas a de ontem está bem nítida em minha memória.
Nos encontrávamos e eu ficava tensa, como realmente fico, mas tentava me aproximar e te abraçava, e nos divertíamos e dançávamos e ríamos e cantávamos e eu estava feliz de ouvir aquela tua gargalhada que eu tanto adoro... mas ainda te sentia insegura e ressentida - com motivos, eu sei - até que sentávamos na grama - não sei de onde veio essa grama - para descansar ainda sorrindo, ofegantes.
Nesse ponto tudo fica meio confuso, você me olha nos olhos daquele jeito - que me deixa nervosa, pois pode ser qualquer coisa - e me diz que acha melhor a gente "terminar" e me encarou por uns 30 segundos e eu entendi que você não conseguia aguentar a pressão de me julgar assim, então seríamos duas pessoas que se vêem constantemente e que saem para beber e dançar porque temos amigas em comum. Só.
Então, eu te perguntei se eu poderia me comportar como tinha me comportado anteriormente na aula e você disse que era isso mesmo que queria.

Acordei.
Mais tensa do que quando tinha ido dormir.

Eu só queria que você soubesse que não vou te pressionar, que você é muito importante pra mim, que eu te admiro muito e que saber que te magoei tanto dói muuuuuito.
Chorei ante a possibilidade palpável de perder tua amizade.
Eu só queria que você soubesse que não sou falsa, eu sabia que estava fazendo merda, sabia que você ficaria chateada, mas não tinha noção do quanto. Eu nunca te magoaria assim conscientemente... eu fui burra, leviana... idiota, mas não falsa. Eu me importo com você e isso não vai mudar nunca, mesmo que você não queira mais olhar na minha cara.

Eu só quero te deixar confortável de novo. Faça o que precisar fazer, me bata, me odeie, se vingue... mas, eventualmente, por favor, me perdoe.
Ainda não sei como agir... desculpa.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Amanhecer.

E lá estava ela:

Deitada na cama.

Abraçando frouxamente um travesseiro.

Com um sorriso nos lábios.

Não um grande sorriso de fazer doer as bochechas (esses aconteciam quando ouvia sua voz, seu sorriso, ou seu silêncio ao telefone).

Mas um sorriso de quem está ouvindo o próprio coração pular dentro do peito.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vai passar.

Odeio essa montanha russa de sentimentos.

Espere.

Não é uma montanha russa. Porque a montanha russa sempre me fez me sentir bem, nos seus altos e baixos, aquele frio na barriga que eu adoro, porque tenho a certeza de que vou sair sã e salva e comer maçã do amor depois.

Isso que sinto agora é mais como um passeio por um parque isolado, uma trilha desconhecida. Me empolgo, totalmente despreparada, é claro, sem água ou barrinhas de cereal, me enfio mata adentro na busca de um paraíso na terra... passo por umas paragens lindas e fico encantada, mas também tenho medo ao atravessar um rio e me sentir perdida.

Com a sensação de que estou sozinha, porque por mais que eu busque o meu paraíso, sei que ele não vai sair do lugar pra me salvar. E é nessa hora que você pensa que talvez seja melhor tentar voltar pra casa, enquanto ainda está claro e você não está machucada.

Mas isso é só um pensamento. E é assim que eu me sinto. Sentada numa pedra de tênis, camiseta, sem filtro solar. Sentada numa pedra, com a mão esquerda apoiando o queixo e olhando pra água que passa sem me dar uma resposta.

7:00 - 7:32.

Despertador. mais cinco minutos.
Despertador. mais cinco minutos.
Despertador. lençol. travesseiros. celular. mensagem. "bom dia, amor". sorriso.
Óculos. espelho. espinhas. "não estou muito velho pra isso?". escova. creme dental. sorriso. água.
Box. chuveiro. água. frrrrio. shampoo. sabonete. água. água. sorriso. água. "por que sou tão impulsivo do lado dela?!" condicionador. sabonete. água. água. sorriso. água. "Acho que precisava de alguém... ela só apareceu na hora exata. bem no dia e na hora e no milésimo de segundo também. Se era o momento certo ou errado, eu não sei". sorriso. água. sorriso. água. sorriso. água. sorriso.
Toalha branca. "Eu devia escrever isso." Espelho. óculos.
Guarda-roupa. preto. espelho. desodorante. jeans. "entrou!" espelho. preto e preto. espelho.
Pente. espelho. perfume. espelho. cabelo. espelho. "Será que a gente vai se ver hoje?"



Sorriso.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Click.

E só então ele percebeu, como um estalo.
Se sentiu tolo, meio míope por ter levado tanto tempo persistindo no erro.
Precisava ligar para ela.
Não!

Precisava dirigir feito louco até a casa dela, derrubar a porta, lhe tirar do sono, tomar as mãos dela entre as suas e pedir desculpas.
Ensaiou a conversa em sua mente:

"Não, Bebê, você não precisa ler meus textos, nem comentá-los, nem responder todas as minhas perguntas, nem dar atenção a todos os meus devaneios. Desculpe, sei que eu falo demais. Você não precisa me ouvir sempre."

Correu pro espelho. Olhou seu exagero.
Voltou pra cama e deitou.

"Se eu simplesmente parar de implorar por atenção vai ter o mesmo efeito."
Olhou o celular pela milésima vez naquele quarto de hora, sorriu com lábios, dentes, bochechas, olhos. Com a cara toda.

E dormiu feliz.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Segredo.

"Que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce, que seja doce" - Ela repetia como havia lhe ensinado C.F.A., sete vezes pra dar sorte.

Repetiu como uma prece. Porque apesar do medo, estava segura. Sabia o que queria, e como não podia tê-lo, se agarrava ao mais próximo, mesmo que distante.
Agora todos sabiam, mesmo sem conhecer...

"Ah, quer dizer que existe um alguém?"
"Sim, existe por mais que eu tenha tentado negar pra mim."
"E quem é?"
"Ah... depois te mostro uma foto."

E sorria de lado com o seu segredo mais lindo guardado no céu da boca.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Reunião.

Minhas queridas,

Escrevo essa carta porque preciso de um tempo.
Um tempo longe de todas vocês.

Sei que é difícil de entender. Vocês fazem parte de mim e nunca vão deixar de fazer, mas vocês às vezes tomam decisões por mim e eu tenho que aprender a tomar as minhas próprias decisões e assumir consequências.
Então, vocês sabem do que estou falando.

E isso é coisa minha, pensei bem, pensando que era influência da Natasche, mas não. Sou eu. E preciso passar um tempo pra saber o rumo das coisas.
Sei que vocês estão preocupadas com meu coraçãozinho. Mas eu sei o que estou fazendo, quer dizer, claro que não sei... só estou assumindo o risco, entendem?

Os meses que agi sem pensar, sem ouvir ninguém, sendo bem transparente mesmo... foram tão bons, lembram? Sei que terminei catando caquinhos no chão, sei que vocês sofrem por mim. Mas que graça tem a vida sem esse impulso de se jogar?

Tudo bem, sei que não vou agradar a todas.
Mas a explicação está aqui.
Me desejem sorte, ok?

Amo vocês.


Eternamente vossa,
Camila Melo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Roda.Vida.

Tudo acontecendo tão rápido e a sensação que eu tenho é que nem eu acompanho a minha vida.
Mas é só a bagunça de todo começo de semestre (engraçado como a gente se acostuma a dividir a vida em semestres quando está na faculdade).

Sabe quando a gente está procurando soluções do lado de fora para encher nossa vida vazia? E aí você percebe que as coisas simplesmente não se encaixam.

Está tudo aqui dentro, mas não estou com coragem pra mergulhar agora, me enfiar no atoleiro de sentimentos e confusões para separar tudo, limpar, tirar poeira e enfim chamar de lar, ou algo parecido. Sei também que vou me divertir no processo, lembrar de um sorriso, ler uma carta, sentir um cheiro guardado numa caixa ou um beijo escondido num envelope qualquer.

Acho que amanhã de manhã vou fazer isso.
O de sempre. Cadernos, listas, cronogramas, horários, metas e sonhos.
Tudo em planilha do excel.

Lindo. Inacreditável. Inatingível.
Não me engano mais, isso é ruim?

Respirando...

Cansada.
Cansada dos dias que não passam. E dos dias bons que passam rápido.
Cansada das pessoas que não entendo. E das pessoas que não entendem.
Cansada dos trabalhos que se acumulam, das broncas que não desaparecem, dos acertos não elogiados, dos problemas mal resolvidos.
Cansada de fazer as coisas de qualquer jeito, só pra terminar logo com isso. E não termina.
Porque amanhã tem de novo.

Então, por que esse cansaço?
Se a felicidade está em fazer bem feito e se orgulhar disso, vai lá e faz como você quer.
Então, tá.

E agora vai ser assim, do meu jeito, porque se você reclamar, vai ser problema seu.
Porque eu vou estar feliz.
E tudo estará feito.

domingo, 31 de julho de 2011

Amizades instantâneas.

Tem gente que olha através da gente.
Basta uma vez. Aquela primeira impressão e você se sente exposto.

"Meu Deus. Ela consegue enxergar tudo. Pensamentos, intenções, sentimentos e impulsos controlados. E agora?"

Agora você reza pra ser bacana.
Mas há um detalhe.
Um detalhe bem importante.


Você também enxerga tudo nela. E aí vocês sabem que estão no mesmo barco. Almas gêmeas?
A confiança simplesmente já está lá no ar, parada entre vocês esperando a primeira pergunta que seria constrangedora, para mostrar que não há constrangimento. Não há sequer hesitação.

As palavras vêm e mesmo quando o texto não sai como a gente quer, você sabe que ela vai entender... é tão bom, confiar assim em alguém.

E as histórias continuam sendo contadas, segredos meio obscuros, comédias, confissões inimagináveis. "Meu Deeeeus, nada disso faz sentido!" é o que me passa pela cabeça depois.
Mas meu peito está aliviado, tranquilo e continua repetindo com um sorriso de quem sabe do futuro: não há com o que se preocupar.


E você sorri lembrando que ela tem o mesmo nome da tua melhor amiga de infância. A primeira melhor amiga. E isso tem que significar alguma coisa.

sábado, 30 de julho de 2011

Mulher de fases.

E eu sempre volto.
Quando preciso falar e não quero que as pessoas me julguem.
Ou melhor, quando eu quero acreditar que elas não estão me julgando.

Mas aqui estou eu pra gritar (de novo).
Porque eu gostei.
Eu me senti bem.
Um formigar e uma inquietação que não me vinham há muito tempo.
Não sei porquê.
Mas gostei do teu cheiro em mim.
E fico em dúvida se essa taquicardia vem de você ou daquelas drogas.


Quem diria que eu um dia iria me abraçar com uma camisa exalando cigarro, suor e ... você.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Despedida.

Simples assim.
Não vou mais aparecer.
Tem mais de mês que fico adiando deletar isso aqui de uma vez.
Do mesmo jeito que se tira band-aid.

aaai.vou.fingir.que.não.doeu.

Mas eu não tenho coragem. Quero poder ler isso aqui de vez em quando.
É um pedaço de mim que eu não consegui arrancar.
Segurei o bisturi, mas a mão tremeu. E, na dúvida, deixa ele aqui me esperando que nem aqueles livros que eu nunca li.

Passado é passado. Mas eu gosto de algumas coisas que escrevi. Gostei também de muita coisa nesses últimos anos e por mais que muita coisa realmente vá se perder pelos caminhos dessa minha memória fraca, algumas não deveriam ser perdidas e são essas que eu deixo escondidas por aqui para que eu mesma possa ler e lembrar da menina Camila de 17 anos.

Então fica assim.
Queridas duas amigas que passam por aqui.
Não esperem mais nada. Eu também não espero.
Mas vou lê-las sempre que possível.

terça-feira, 15 de março de 2011

A lista.

Acabo de ter uma revelação da minha vida.

A vida é curta.



Muito curta.






Tanta coisa que eu quero fazer, tantos livros pra ler, tantos cortes de cabelo pra tentar, tantos saberes pra aprender, tanto lugares pra conhecer, tantas festas pra ir, tantas maquiagens pra fazer, tantos filmes pra assistir, tantas causas pra defender, tantas dores pra chorar e tantos amores pra amar.
E essa vida que passa ligeiro, esses dias que não te dão opção, por que tem que ser uma coisa de cada vez? Por que não posso fazer tudo ao mesmo tempo? Sou uma pessoa multifuncional!
Mas o dia é curto, a semana é curta e o ano nem se fala.
Quando você pisca os olhos perdeu tanto tempo que nem sabe.
E quando a gente quer fazer tudo não sobra muito tempo pra ser inerte.

Inércia também é bom de vez em quando.

Vou fazer uma lista (eu realmente gosto delas) de tudo que eu quero fazer antes de morrer. Quem sabe não vira um livro "1001 coisas que Camila fará antes de morrer".

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu mesma não me descreveria tão bem.

Bem esse blog acaba de entrar numa nova fase. Na qual eu escrevo mais freqüentemente. Quem me conhece sabe que isso acontece, eu mudo tudo, até o nome do blog, e volto a escrever. Quanto mais aperreada a minha vida, quanto mais necessidade de mudança eu sinto, quanto mais vontade de fugir eu tenho, maior a necessidade de escrever, aquela coisa de válvula de escape. Pois é.

Ainda não sei bem o que vou escrever, se vou mudar de estilo ou não. É provável que isso aqui continue a bagunça de sempre que vocês conhecem, só que agora eu tenho licença poética pra misturar, afinal: muita coisa me interessa, mas nada tanto assim.
Bem, normalmente minha necessidade de mudança de vida acompanha essa mudança do blog e do meu corte de cabelo, como minha revolução com a tesoura foi grande, podemos esperar alguma coisa disso aqui. Ou não.

O importante é ninguém criar expectativas, nem eu nem vocês.
Tarde demais, é claro.
Eu já estou super empolgada. Vou deixar esse post durar um tempo, porque eu quero que vocês comentem, ou que pelo menos deixem um pontinho no lugar do comentário só pra eu saber que você passou por aqui. A partir da próxima semana espero postar com mais constância.


Essa música do Kid Abelha resume a minha nova fase.

Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor

Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
Na crítica do leitor

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim

Só me concentro em apostilas
Coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem
Enquanto rola o comercial

Conheço quase o mundo inteiro
por cartão postal
Eu sei de quase tudo um pouco
e quase tudo mal

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Do meu amor.

Acho que me apaixonei.
De novo.
Pela mesma pessoa.

Só que da primeira vez eu não sabia.
Vou contar como aconteceu.

O meu amor mora longe. muito longe. Em Londres. Mas vive se mudando. Tem cabelos laranja, gosta de café, está sempre com fome, sabe cantar (de verdade, até ensina criancinhas), atua naqueles musicais que a gente gosta de cantar junto. Tem um sorriso misterioso e adora foto p&b.
Meu Deus como é lindo, o meu amor e o meu Amor.
Me deixou um recado perguntando quando eu volto pra gente tomar aquele café que eu fiquei devendo. Só que eu não posso voltar, aquela vida lá não é minha.
É que nos conhecemos numa terça-feira e meu amor partiu pra Paris no sábado, quando voltou eu é que já estava partindo.
Era "my teacher" durante uma semana de um mês de um verão que passei em Londres. Foi tão pouco. Num intervalo de aula me convidou pra tomar um café, me senti especial, ninguém era convidado para tomar café com os professores. E nos três minutos de conversa eu percebi alguma coisa. Ouvi um "clique" dentro do meu peito.
Agora eu olho suas fotos, se fecho os olhos posso ouvir seu sorriso, vejo seus olhos expressivos me encarando.


Sinto um saudade de tudo aquilo que não tive.
Mas o pior é saber que é platônico.

Desculpa a mistura do texto, é que tá tudo misturado aqui dentro.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Deserto.

O mundo gira, os minutos passam e eu tenho a sensação de que não saí do lugar.

Claro que se eu olho pra trás, vejo os anos que passaram, vejo as coisas que fiz, o que ganhei e o que perdi.
Mas se eu fechar os olhos, parar de pensar, de procurar na memória tudo que fiz pra provar pra mim mesma que "sim, eu fiz várias coisas!!!" eu só sinto um vazio, uma sensação de que saí da trilha, que mudei de fruta preferida só porque essa árvore é mais baixa.


Mas o que era que eu queria mesmo? Deus do Céu! O que é que eu quero agora? E me vem aquela conhecida sensação de sozinha no meio da multidão, com o perdão do clichê.
De qualquer forma, eu já estou aqui, sozinha no meio do nada, devia aproveitar pra construir alguma coisa, quem sabe não vai ser útil no futuro? Quem sabe, se eu me aplicar, descubro a cura pro mundo. Não estou fazendo nada mesmo.

Me desejem sorte.