segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Da cadeira vazia, do riso vazio, do peito apertado.

É tão difícil ser quem fica.
É tão doloroso ser aquele abandonado.
É tão angustiante dizer: "vai, amiga, se é o melhor pra você... vou ficar feliz também. Mas me promete que não vai me esquecer".

Mas eu sei e você sabe que não importa o quanto relutemos... serei substituída, e você também terá que sê-lo. Não dá pra ficar aquele lugar vazio do meu lado (esquerdo do peito).

Já segui em frente chorosa quando tive que abandonar uns bons, bons mesmo, amigos. Mas hoje sei que é muito pior ficar no cais a acenar com o lencinho ensopado em lágrimas.

Boa sorte pra você. Vou procurar meu novo parceiro de trabalho, de fofoca, de caderno e de cadeira.
Não, não vai ser a mesma coisa... mas o que se há de fazer?

Amo você pra sempre e de um jeito lindo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Sinto.

Anda meio sumido um pedaço de mim.
Faz uma falta: falta do ombro, dos braços e abraços, dos beijos e sorrisos de canto de boca. Falta das brigas bestas, do som do carro, das bolas de sorvete, da sala de cinema.

Faz também a gente pensar:

O que seria de mim sem você?

domingo, 9 de agosto de 2009

Medo?

Porque, às vezes, a gente acorda suada, tremendo, com a boca seca e com o choro na garganta.
Sabe quando o pior que já existiu, a parte mais feia de todas volta inteirinha de uma vez num sonho?
Pois é, sonhei com o passado me persiguindo.
Sonhei que por horas a fio, as pessoas mais importantes não notavam meu terror, não entendiam minha grosseria ou simplesmente não estavam lá.
Fiquei presa, suportando uma tortura velada, sem que ninguém notasse.
Depois, sozinha com o meu medo, ele disse que ao me encontrar tinha sido educado, pelo menos. Gritei, enlouquecida, que tinha uma vida nova e pessoas que me amavam de verdade. Ele chegou perto e me disse que aquelas pessoas não me reconheciam como importante e que gostavam dele, que achavam ele divertido. Respondi com ódio queimando no peito, mas com a voz baixa e embargada: Mentira...
Suspiro, minha cama, meu travesseiro uma tremedeira, um frio.
Eu não queria mais dormir, tinha medo de voltar pro mesmo sonho. Queria ligar pra alguém, dizer que amo quem amo e dormir abraçada e protegida.
Ainda preciso daquele seu abraço.
Surgem as perguntas dos desesperados: será que eles se importam, será que me amam, será que vão estar aqui pra sempre e perceber quando eu estiver amedrontada?
Sei que a resposta pra todas as minhas perguntas é um belíssimo: Sim!
Mas ainda preciso daquele seu abraço.