Era um sentimento novo.
Daqueles que a gente tem medo de colocar nome e ele desaparecer.
Tinha algo de riso, algo de medo. Respeito e privacidade era quase nada.
Foi uma intimidade meio estuprada. Um sentimento feito criança curiosa... foi andando pelo peito cheio de feridas abertas. Mas não quis por o dedo, por outro lado, foi cimentando e enchendo de bandeirinha.
Todo dia chegava aquele sentimentozinho metido, chegava sem ser chamado, chegava nas horas mais inconvenientes.
E ia enchendo tudo de flor, remendando uns buracos, costurando com linhas coloridas.
Pintou tudo que era azul quase cinza de laranja! e as manchas daquele vermelho-vivo de outrora (era lindíssimo, não se pode negar) pintou de rosa!, eu disse que gostava do vermelho, mas ele nem respondeu e pintou T-U-D-O de rosa!.
Todo artista.
Agora inventou de colocar música. E todo mundo que entra no meu peito vai escutando um sambinha.