sexta-feira, 14 de maio de 2010

Daquele nosso problema.

Começou pequenininho.
Eu nem sabia que estava morando ali no meu peito.
Mas foi crescendo, eu percebi e fiquei preocupada, mas não incomodava em nada e as outras pessoas não viam, então deixei pra lá.
Só que cresceu demais, e já dava pra ver, e às vezes doia, ficou feio e eu fiquei com medo de ter que tirar dali, tinha medo da cicatriz que podia deixar.
Concordaram comigo que eu devia tirar aquilo do meu peito, eu era melhor sem ele. Mas eu morria de medo porque a cicatriz ia ficar enorme e todos iam ver, tinha medo também da dor que eu ia sentir. Sabia que não ia sentir falta, mas de qualquer forma, era arrancar um pedaço do meu peito.
Mas me conformei e deixei que arrancassem aquilo de mim. Na hora eu nem senti, achei até que não era eu.
Quando acordei, dei por mim o que tinha acontecido, mas não sabia onde estava a cicatriz, e ainda estava anestesiada... as pessoas vieram e me deram o ombro, perguntaram se estava tudo bem e disseram que tudo ia dar certo... eu ainda não acreditava.
Pensei que quando passasse a anestesia ia doer muito, que eu ia sofrer, que nunca mais ia deixar ninguém ver minha cicatriz.
Mas realmente deu tudo certo, mais certo do que eu esperava... a cicatriz ficou pequena, bem clarinha, ninguém vê. E mesmo eu sabendo que ela existe, ela não me incomoda.
Quanto à dor, ainda não sinto nada perto da cicatriz, mas a área em volta ficou super sensível e qualquer bobagem me faz sentir que ainda não está normal, que não vai voltar ao normal tão cedo. Qualquer friozinho me faz lembrar que tem um pedaço a menos.

Mas eu sei que vai passar, vai simplesmente deixar de estar nos meus pensamentos, quando eu voltar a sentir, sem sofrer com o frio ou o calor em excesso.

2 comentários:

Tai disse...

Isso me encoraja...!
^^

Camilla Mendes disse...

Ando sempre por aqui. Senta...vamo tomar um suco?!
Saudades tb...do teu jeito pequena de ser imensa.
beijãooooooooooooooooooooooo