quarta-feira, 30 de março de 2011

Despedida.

Simples assim.
Não vou mais aparecer.
Tem mais de mês que fico adiando deletar isso aqui de uma vez.
Do mesmo jeito que se tira band-aid.

aaai.vou.fingir.que.não.doeu.

Mas eu não tenho coragem. Quero poder ler isso aqui de vez em quando.
É um pedaço de mim que eu não consegui arrancar.
Segurei o bisturi, mas a mão tremeu. E, na dúvida, deixa ele aqui me esperando que nem aqueles livros que eu nunca li.

Passado é passado. Mas eu gosto de algumas coisas que escrevi. Gostei também de muita coisa nesses últimos anos e por mais que muita coisa realmente vá se perder pelos caminhos dessa minha memória fraca, algumas não deveriam ser perdidas e são essas que eu deixo escondidas por aqui para que eu mesma possa ler e lembrar da menina Camila de 17 anos.

Então fica assim.
Queridas duas amigas que passam por aqui.
Não esperem mais nada. Eu também não espero.
Mas vou lê-las sempre que possível.

terça-feira, 15 de março de 2011

A lista.

Acabo de ter uma revelação da minha vida.

A vida é curta.



Muito curta.






Tanta coisa que eu quero fazer, tantos livros pra ler, tantos cortes de cabelo pra tentar, tantos saberes pra aprender, tanto lugares pra conhecer, tantas festas pra ir, tantas maquiagens pra fazer, tantos filmes pra assistir, tantas causas pra defender, tantas dores pra chorar e tantos amores pra amar.
E essa vida que passa ligeiro, esses dias que não te dão opção, por que tem que ser uma coisa de cada vez? Por que não posso fazer tudo ao mesmo tempo? Sou uma pessoa multifuncional!
Mas o dia é curto, a semana é curta e o ano nem se fala.
Quando você pisca os olhos perdeu tanto tempo que nem sabe.
E quando a gente quer fazer tudo não sobra muito tempo pra ser inerte.

Inércia também é bom de vez em quando.

Vou fazer uma lista (eu realmente gosto delas) de tudo que eu quero fazer antes de morrer. Quem sabe não vira um livro "1001 coisas que Camila fará antes de morrer".

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu mesma não me descreveria tão bem.

Bem esse blog acaba de entrar numa nova fase. Na qual eu escrevo mais freqüentemente. Quem me conhece sabe que isso acontece, eu mudo tudo, até o nome do blog, e volto a escrever. Quanto mais aperreada a minha vida, quanto mais necessidade de mudança eu sinto, quanto mais vontade de fugir eu tenho, maior a necessidade de escrever, aquela coisa de válvula de escape. Pois é.

Ainda não sei bem o que vou escrever, se vou mudar de estilo ou não. É provável que isso aqui continue a bagunça de sempre que vocês conhecem, só que agora eu tenho licença poética pra misturar, afinal: muita coisa me interessa, mas nada tanto assim.
Bem, normalmente minha necessidade de mudança de vida acompanha essa mudança do blog e do meu corte de cabelo, como minha revolução com a tesoura foi grande, podemos esperar alguma coisa disso aqui. Ou não.

O importante é ninguém criar expectativas, nem eu nem vocês.
Tarde demais, é claro.
Eu já estou super empolgada. Vou deixar esse post durar um tempo, porque eu quero que vocês comentem, ou que pelo menos deixem um pontinho no lugar do comentário só pra eu saber que você passou por aqui. A partir da próxima semana espero postar com mais constância.


Essa música do Kid Abelha resume a minha nova fase.

Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela
Alguém me conta no corredor

Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro
Na crítica do leitor

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim

Só me concentro em apostilas
Coisa tão normal
Leio os roteiros de viagem
Enquanto rola o comercial

Conheço quase o mundo inteiro
por cartão postal
Eu sei de quase tudo um pouco
e quase tudo mal

Eu tenho pressa
E tanta coisa me interessa
Mas nada tanto assim.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Do meu amor.

Acho que me apaixonei.
De novo.
Pela mesma pessoa.

Só que da primeira vez eu não sabia.
Vou contar como aconteceu.

O meu amor mora longe. muito longe. Em Londres. Mas vive se mudando. Tem cabelos laranja, gosta de café, está sempre com fome, sabe cantar (de verdade, até ensina criancinhas), atua naqueles musicais que a gente gosta de cantar junto. Tem um sorriso misterioso e adora foto p&b.
Meu Deus como é lindo, o meu amor e o meu Amor.
Me deixou um recado perguntando quando eu volto pra gente tomar aquele café que eu fiquei devendo. Só que eu não posso voltar, aquela vida lá não é minha.
É que nos conhecemos numa terça-feira e meu amor partiu pra Paris no sábado, quando voltou eu é que já estava partindo.
Era "my teacher" durante uma semana de um mês de um verão que passei em Londres. Foi tão pouco. Num intervalo de aula me convidou pra tomar um café, me senti especial, ninguém era convidado para tomar café com os professores. E nos três minutos de conversa eu percebi alguma coisa. Ouvi um "clique" dentro do meu peito.
Agora eu olho suas fotos, se fecho os olhos posso ouvir seu sorriso, vejo seus olhos expressivos me encarando.


Sinto um saudade de tudo aquilo que não tive.
Mas o pior é saber que é platônico.

Desculpa a mistura do texto, é que tá tudo misturado aqui dentro.